
Bolsonaro deve ter alta no dia 1º de janeiro, diz equipe médica
Em um momento de atenção para a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, concluiu nesta segunda-f...
Em um momento de atenção para a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, concluiu nesta segunda-feira, 29 de dezembro, um procedimento cirúrgico para controlar as persistentes crises de soluço que afetam o paciente. A intervenção, realizada com sucesso, marca mais um passo no tratamento de uma condição que tem mantido Bolsonaro internado desde a última quarta-feira, 24. De acordo com atualizações divulgadas pela família e pela equipe médica, o ex-presidente deve receber alta hospitalar no dia 1º de janeiro, após avaliações complementares para garantir a estabilidade do quadro.
A notícia foi compartilhada inicialmente por Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, em suas redes sociais, gerando alívio entre apoiadores e repercussão na mídia. Enquanto Bolsonaro cumpre pena relacionada a uma tentativa de golpe de Estado, sua saúde tem sido um tema sensível, acompanhado de perto por autoridades e pelo público. Este artigo explora os detalhes do procedimento, o contexto médico e as perspectivas de recuperação.

O Procedimento Cirúrgico e Sua Execução
Na tarde desta segunda-feira, o procedimento durou cerca de uma hora e consistiu em um bloqueio anestésico do nervo frênico no lado esquerdo. Essa é a terceira vez que Bolsonaro vai ao centro cirúrgico desde o início da internação. No sábado, 27 de dezembro, o mesmo tratamento foi aplicado no lado direito, como parte de um plano complementar para abordar a origem das crises de soluço.
O nervo frênico é uma estrutura vital que se estende da região cervical até o tórax, controlando o diafragma – o músculo essencial para a respiração. De acordo com o gastroenterologista Rogério Alves, da Beneficência Portuguesa, o bloqueio visa interromper sinais nervosos anormais que podem estar causando os soluços persistentes, uma condição rara mas debilitante que afeta a qualidade de vida do paciente. "Esse nervo é crucial para a função respiratória, e intervenções como essa são delicadas, mas eficazes em casos selecionados", explica o especialista em entrevista ao Terra.
Michelle Bolsonaro anunciou o fim do procedimento em seu perfil no Instagram: "Procedimento finalizado. Graças a Deus, agora aguardamos ele subir para o quarto". A mensagem reflete o otimismo da família, mas também destaca a necessidade de monitoramento contínuo.
Próximos Passos no Acompanhamento Médico
O cirurgião Claudio Birolini, responsável pelo atendimento, conversou com a imprensa logo após a cirurgia, detalhando os planos de recuperação. "Precisamos de 48 horas para avaliação de resultados e complicações. Esse tempo será aguardado, independentemente de qualquer coisa", afirmou. Uma nova endoscopia digestiva está prevista, possivelmente para terça-feira, 30, ou quarta-feira, 31, a fim de verificar possíveis efeitos colaterais ou ajustes necessários.
Se não houver intercorrências, a alta está programada para quinta-feira, 1º de janeiro. O boletim médico divulgado no domingo, 28, já indicava que o bloqueio no lado esquerdo era uma etapa essencial para avaliar os resultados totais do tratamento. Essa abordagem stepwise – passo a passo – é comum em neurologia e gastroenterologia para minimizar riscos em pacientes com histórico complexo, como o de Bolsonaro, que inclui cirurgias anteriores e condições crônicas.
- Avaliação inicial: Monitoramento por 48 horas pós-procedimento.
- Exame complementar: Endoscopia para inspeção do trato digestivo.
- Alta prevista: Dia 1º de janeiro, condicionada à ausência de complicações.

Histórico da Internação e Contexto Político
A internação de Bolsonaro começou na quarta-feira, 24 de dezembro, motivada por crises de soluço que não respondiam a tratamentos iniciais. Desde então, o ex-presidente tem sido acompanhado por uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas e gastroenterologistas. Soluços crônicos, ou singultus persistente, podem ser causados por irritações no diafragma, infecções ou, em raros casos, questões neurológicas mais profundas. No caso de Bolsonaro, o tratamento foca em intervenções minimamente invasivas para restaurar o conforto respiratório.
Além do aspecto médico, o episódio ocorre em um contexto político delicado. Bolsonaro, que cumpre pena por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, mantém influência entre seus apoiadores. Sua recuperação tem sido noticiada amplamente, com mensagens de solidariedade de figuras como o deputado Eduardo Bolsonaro e líderes do PL. Especialistas em saúde pública enfatizam a importância de transparência em casos de figuras públicas, para evitar especulações infundadas.

Em conclusão, a previsão de alta para o dia 1º de janeiro representa um marco positivo na recuperação de Jair Bolsonaro, permitindo que ele retorne ao convívio familiar e continue seu acompanhamento ambulatorial. Enquanto a equipe médica permanece vigilante, o caso reforça a necessidade de avanços em tratamentos para condições como soluços crônicos, beneficiando não apenas o ex-presidente, mas pacientes em todo o mundo. A torcida pela plena recuperação ecoa entre familiares, amigos e o público em geral, em um ano que termina com esperanças renovadas.


