2025 foi um ano repleto de altos e baixos no mundo dos videogames. Enquanto títulos como Silksong, Dispatch e Clair Obscur: Expedition 33 brilharam e cativaram milhões de jogadores, o calendário gamer também foi marcado por frustrações profundas. De cancelamentos abruptos a adiamentos intermináveis e lançamentos que não corresponderam às expectativas, o ano deixou uma marca de decepção para muitos fãs. Neste artigo, exploramos as maiores baixas de 2025, destacando como até os projetos mais ambiciosos podem tropeçar no caminho para o sucesso.

Jogos Cancelados: Promessas que Nunca se Realizaram

Um dos golpes mais duros para a comunidade gamer em 2025 foram os cancelamentos de projetos aguardados há anos. O estúdio independente Team Cherry já havia entregado sucessos como Hollow Knight, mas o spin-off planejado, Soulframe, foi abruptamente cancelado em março devido a problemas de financiamento e mudanças na equipe. Fãs que sonhavam com uma expansão do universo sombrio e metroidvania ficaram devastados, especialmente após teasers promissores em convenções como a Gamescom 2024.

Outro cancelamento notável veio da Ubisoft com Ghost Recon: Breakpoint 2, que prometia redimir a franquia após o fracasso do antecessor. Anunciado como um shooter tático open-world com elementos de sobrevivência extrema, o jogo foi engavetado em junho por "razões estratégicas", segundo a publisher. Isso reflete uma tendência maior na indústria: orçamentos inflados e expectativas irreais levando a cortes drásticos, deixando desenvolvedores e jogadores no limbo.

• Soulframe: Cancelado por falta de recursos, privando fãs de uma sequência espiritual de Hollow Knight.
• Ghost Recon: Breakpoint 2: Engavetado pela Ubisoft, frustrando entusiastas de táticas militares.
• Project Odyssey: Um RPG de mundo aberto da Square Enix que foi descartado após anos de desenvolvimento, citando "mudanças no mercado de JRPGs".

Adiamentos: O Jogo Mais Aguardado da História Atrasado Novamente

Se há uma decepção que ecoou por toda a comunidade, foi o adiamento de The Elder Scrolls VI, considerado por muitos o jogo mais aguardado da década. Originalmente previsto para 2026, a Bethesda anunciou em setembro de 2025 que o título seria adiado para 2028, culpando refinamentos no motor Creation Engine e integrações com VR. Essa notícia veio como um balde de água fria para fãs que esperavam um retorno épico ao mundo de Tamriel após o sucesso de Skyrim.

Não parou por aí: Grand Theft Auto VI da Rockstar também sofreu um atraso de seis meses, passando de outono para o início de 2026. Rumores de crunch excessivo e polimentos finais alimentaram a frustração, com a comunidade online explodindo em memes e petições. Esses adiamentos destacam os desafios da indústria em equilibrar qualidade com prazos apertados, especialmente em um ano onde a inflação de preços de consoles (como o PS5 Pro subindo 20%) já pesava no bolso dos jogadores.

Lançamentos Decepcionantes: Quando a Expectativa Ultrapassa a Realidade

Entre os lançamentos que chegaram, mas falharam em impressionar, MindsEye se destacou como a maior decepção técnica do ano. Desenvolvido pela Electronic Arts em parceria com um estúdio indie, o jogo prometia uma narrativa sci-fi imersiva com mecânicas de puzzle inovadoras. No entanto, o lançamento em novembro foi marcado por bugs graves, texturas mal renderizadas e uma campanha curta demais – apenas 8 horas para um preço de R$ 299. Críticas no Metacritic pararam em 62/100, e as vendas despencaram após patches iniciais que pioraram o desempenho em PCs.

Outro título que decepcionou foi Neon Genesis Evangelion: Rebuild, um jogo de ação baseado no anime cult. Apesar do hype gerado por colaborações com a Gainax, o resultado foi uma jogabilidade repetitiva e microtransações agressivas que alienaram os fãs. Já Quantum Break 2 da Remedy Entertainment sofreu com uma narrativa confusa e requisitos de hardware exorbitantes, tornando-o inacessível para muitos.

Esses casos ilustram como decisões de design questionáveis e pressa no desenvolvimento podem transformar blockbusters em flops, reforçando a necessidade de transparência das publishers.

Conclusão: Lições para o Futuro dos Games

Apesar das decepções, 2025 nos lembra que o mundo dos videogames é cíclico: para cada cancelamento ou adiamento, há espaço para inovação e redenção. Jogadores brasileiros, em particular, sentiram o impacto com o aumento de preços importados e a escassez de dublagens em PT-BR para títulos AAA. Olhando para 2026, com promessas de GTA VI e outros, a esperança persiste. A indústria precisa aprender com esses tropeços, priorizando qualidade sobre hype, para que os próximos anos sejam mais de vitórias do que de frustrações. Fique de olho no IGN Brasil para mais análises e novidades!