
Quaest: Lula Lidera em Cenários de Segundo Turno para 2026 e Impactos nas Perspectivas Econômicas
Em um cenário político aquecido rumo às eleições presidenciais de 2026, uma nova pesquisa Quaest revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT...
Em um cenário político aquecido rumo às eleições presidenciais de 2026, uma nova pesquisa Quaest revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém uma vantagem consistente em eventuais disputas de segundo turno contra potenciais adversários da direita. Divulgada nesta terça-feira (16), a sondagem não só destaca a força do petista nas urnas, mas também levanta questões sobre as possíveis trajetórias econômicas do país, dependendo do resultado. Com o Brasil enfrentando desafios como inflação persistente e recuperação pós-pandemia, esses números podem influenciar investimentos e políticas fiscais. A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 eleitores com 16 anos ou mais entre 11 e 14 de dezembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Metodologia e Evolução dos Números
Esta é a primeira pesquisa Quaest realizada sem a inclusão do nome de Jair Bolsonaro desde que o ex-presidente indicou seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), como pré-candidato em 5 de dezembro. Comparada ao levantamento de agosto, que incluía Flávio, Lula oscilou dois pontos para baixo, alcançando 46% contra 36% do rival. Já Flávio subiu quatro pontos, beneficiado pela oficialização de sua candidatura. A ausência de Bolsonaro pai marca uma transição na narrativa oposicionista, com foco em nomes de governadores e figuras emergentes.
O estudo abrange cenários contra líderes regionais influentes, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Esses perfis, conhecidos por gestões com ênfase em reformas liberais e atração de investimentos, representam uma oposição que prioriza agendas econômicas de corte fiscal e desburocratização. A consistência de Lula nesses matchups sugere uma base eleitoral resiliente, ancorada em políticas sociais que impactam o consumo e o crescimento do PIB.
Resultados Detalhados dos Confrontos
Nos cenários analisados, Lula demonstra superioridade em todos os embates. Contra Flávio Bolsonaro, a diferença é de 10 pontos (46% a 36%), refletindo a polarização ainda viva no eleitorado. Em disputas com governadores, os números são ainda mais favoráveis ao presidente:
- Contra Tarcísio de Freitas: Lula sobe para 45%, quatro pontos acima do anterior, enquanto Tarcísio cai um ponto para 35%. A ampliação da margem pode sinalizar rejeição a agendas mais conservadoras em São Paulo, epicentro econômico do país.
- Contra Ratinho Júnior: Empate técnico em intenções, com ambos em 45% e 35%, destacando o apelo do paranaense em temas de infraestrutura e exportações.
- Contra Ronaldo Caiado: Lula com 44% contra 33%, em um confronto que testa forças no Centro-Oeste, região chave para o agronegócio.
- Contra Romeu Zema: 45% para Lula e 33% para Zema, com o mineiro sofrendo com críticas a sua gestão fiscal em meio à dívida pública estadual.
Esses resultados indicam que, apesar de oscilações, a aprovação de Lula em torno de 48% (conforme pesquisas recentes) sustenta sua liderança, especialmente em um contexto de recuperação econômica com foco em programas como o Bolsa Família, que injetam recursos na base da pirâmide e estimulam o varejo.

Implicações Econômicas para 2026
As projeções eleitorais vão além da política partidária e tocam diretamente na economia brasileira. Uma reeleição de Lula poderia reforçar políticas expansionistas, como investimentos em infraestrutura via PAC e estímulos ao crédito, potencializando o crescimento do PIB em 2-3% ao ano, segundo estimativas do mercado. No entanto, críticos apontam riscos fiscais, com o déficit público podendo pressionar a Selic e o câmbio.
Por outro lado, vitórias de candidatos como Tarcísio ou Zema trariam ênfase em privatizações e corte de gastos, atraindo investidores estrangeiros e estabilizando a dívida. Flávio Bolsonaro, herdeiro do bolsonarismo, defenderia uma linha mais protecionista, com impactos no comércio exterior. A Genial Investimentos, encomendante da pesquisa, destaca que esses cenários influenciam a confiança do mercado: um segundo turno polarizado pode elevar a volatilidade na B3 e no dólar, afetando exportações e inflação.
Especialistas em economia política, como os do Ipea, observam que a liderança de Lula reflete a priorização de inclusão social sobre austeridade imediata, mas alertam para a necessidade de equilíbrio para evitar downgrades de agências de rating como a Moody's.

Conclusão
A pesquisa Quaest reforça o favoritismo de Lula em 2026, mas o caminho até as urnas será moldado por eventos econômicos como a reforma tributária e o desempenho do agro. Com o Brasil no radar global, esses números servem de bússola para investidores e formuladores de políticas. Independentemente do vencedor, o foco deve permanecer na estabilidade macroeconômica para sustentar o crescimento inclusivo. Fique atento às próximas sondagens, que prometem mais insights sobre o futuro financeiro da nação.





