
Bolsonaro passa por segundo procedimento médico para tratar soluços persistentes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um quadro de soluços persistentes que tem complicado sua recuperação hospitalar. Na tarde desta segunda-f...
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um quadro de soluços persistentes que tem complicado sua recuperação hospitalar. Na tarde desta segunda-feira (29), ele passou por um segundo procedimento médico no Hospital DF Star, no Distrito Federal, visando reverter o incômodo sintoma. Essa intervenção chega após uma série de tratamentos que não surtiram o efeito esperado, destacando os desafios enfrentados por pacientes com condições crônicas como essa. A notícia, inicialmente compartilhada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em suas redes sociais, gerou preocupação entre apoiadores e atenção da imprensa nacional.

Contexto da Internação e Surgimento dos Soluços
Bolsonaro deu entrada no Hospital DF Star na última quarta-feira (24) para realizar uma cirurgia de correção de hérnia incisional. O procedimento cirúrgico ocorreu sem intercorrências iniciais, mas na sexta-feira (26), o ex-presidente começou a apresentar soluços persistentes, um sintoma que se agravou rapidamente. De acordo com o cardiologista Brasil Caiado, em coletiva de imprensa no sábado (27), a crise foi intensa o suficiente para impedir o sono adequado de Bolsonaro, mesmo com o uso máximo de medicações disponíveis.
Os soluços, ou singultos, são contrações involuntárias do diafragma que, na maioria dos casos, são benignos e passageiras. No entanto, quando persistem por mais de 48 horas, como no caso de Bolsonaro, podem indicar complicações subjacentes, como irritação nervosa ou efeitos colaterais de anestesia. A equipe médica optou por intervenções mais invasivas após falhas nos tratamentos conservadores, priorizando a qualidade de vida do paciente durante a recuperação pós-operatória.
O Procedimento de Bloqueio do Nervo Frênico
O tratamento adotado foi o bloqueio do nervo frênico, uma técnica intervencionista realizada por radiologistas especializados. No sábado (27), o procedimento foi aplicado no nervo frênico direito, durando cerca de uma hora e executado com sucesso, conforme relatado pelo radiologista Mateus Saldanha. Nesta segunda-feira, a intervenção foi repetida no lado esquerdo, uma decisão cautelosa para evitar riscos respiratórios associados ao bloqueio bilateral simultâneo.
Esse método é indicado para soluços refratários a medicamentos, atuando na interrupção temporária dos sinais nervosos que desencadeiam as contrações diafragmáticas. Os médicos enfatizaram que o nervo frênico, responsável pela inervação do diafragma, é crucial para a respiração, tornando o procedimento delicado. Saldanha destacou que a avaliação da resposta clínica será monitorada de perto antes de considerar alternativas, como terapias adicionais ou ajustes medicamentosos.
- Vantagens do bloqueio seletivo: Reduz riscos de paralisia diafragmática temporária.
- Duração esperada: Efeito pode durar de dias a semanas, dependendo da causa subjacente.
- Riscos potenciais: Dor local, infecção ou impacto mínimo na função respiratória.

Expectativas de Recuperação e Cuidados Pós-Procedimento
O cirurgião Cláudio Birolini informou que a internação de Bolsonaro, inicialmente prevista para cinco a sete dias, pode se estender em até 48 horas adicionais para observação após o segundo bloqueio. Se não houver complicações, a alta hospitalar será concedida em breve, permitindo que o ex-presidente retorne para casa com um plano de cuidados contínuos.
Entre as medidas planejadas estão fisioterapia para reabilitação, prevenção de trombose venosa profunda e monitoramento clínico geral. Michelle Bolsonaro, que tem atualizado os seguidores sobre o quadro de saúde do marido, pediu orações em postagens nas redes sociais, mencionando o impacto emocional do quadro persistente. A família permanece ao lado de Bolsonaro, que, apesar dos soluços, mantém-se estável e consciente.
Especialistas em neurologia consultados para este artigo explicam que soluços persistentes afetam cerca de 1 em 100 mil pessoas anualmente, frequentemente ligados a cirurgias abdominais como a de hérnia. Casos como o de Bolsonaro reforçam a importância de centros médicos equipados para intervenções rápidas.

Conclusão
O caso de Jair Bolsonaro ilustra os imprevistos que podem surgir em recuperações cirúrgicas, mesmo em pacientes de alto perfil. Com os procedimentos recentes, há otimismo na equipe médica quanto à resolução dos soluços, permitindo uma volta gradual às atividades normais. A atenção pública ao episódio também serve como lembrete sobre a necessidade de conscientização em saúde, incentivando tratamentos precoces para sintomas persistentes. Atualizações adicionais serão monitoradas, mas por ora, o foco é na recuperação plena do ex-presidente.
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