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Milhares Tomam as Ruas da Avenida Paulista Contra o PL da Dosimetria
Em um domingo de mobilização intensa, a Avenida Paulista, em São Paulo, tornou-se palco de um protesto vigoroso contra o Projeto de Lei da Dosimetria,...
Em um domingo de mobilização intensa, a Avenida Paulista, em São Paulo, tornou-se palco de um protesto vigoroso contra o Projeto de Lei da Dosimetria, que ameaça reduzir o tempo de prisão para condenados por tentativa de golpe de Estado. Com um pico de 13,7 mil participantes, o ato reuniu cidadãos preocupados com a integridade das instituições democráticas, destacando a relevância contínua dos debates sobre justiça e anistia no Brasil. Organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o evento reforça a resistência popular a medidas que poderiam enfraquecer o combate à impunidade.
Detalhes da Manifestação e Participação Popular
O protesto ocorreu neste domingo (14), bloqueando completamente a Avenida Paulista por volta das 14h, conforme dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os manifestantes ocuparam um quarteirão em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), carregando faixas, placas e bandeiras com mensagens contra a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Um carro de som animava a multidão, com discursos previstos de políticos e líderes de movimentos sociais, enfatizando a defesa da democracia e a rejeição a qualquer forma de leniência com crimes contra o Estado.
A Polícia Militar acompanhou o evento de perto, garantindo que a manifestação transcorresse de forma pacífica, sem incidentes registrados até o momento. A atmosfera era de união e determinação, com participantes de diversas idades e origens se manifestando pela preservação da ordem constitucional. Comparado ao ato anterior, em 21 de setembro, que reuniu 42,4 mil pessoas contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia, este protesto, embora menor em escala, demonstrou a persistência da mobilização popular em temas sensíveis à estabilidade política do país.

Método de Contagem e Precisão dos Dados
A estimativa de 13,7 mil participantes no pico do ato foi calculada pela equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common. Utilizando imagens capturadas por drones, os pesquisadores aplicaram software de Inteligência Artificial para analisar a densidade da multidão. A contagem foi realizada às 16h13, momento de maior concentração, com uma margem de erro de 12%, o que coloca o público entre 12,1 mil e 15,4 mil pessoas.
Fotos aéreas foram registradas em sete horários diferentes ao longo do dia: 14h11, 14h38, 15h18, 15h37, 16h13, 16h35 e 17h07. Seis imagens selecionadas do pico cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposições, garantindo uma análise abrangente e confiável. Esse método, já utilizado em protestos anteriores, oferece transparência e credibilidade aos números divulgados, contrastando com estimativas subjetivas comuns em eventos de grande porte. A precisão desses cálculos é crucial para contextualizar o impacto social das mobilizações, ajudando a medir o engajamento cívico em um período de polarização política acentuada.
Contexto Político e Implicações do PL da Dosimetria
O PL da Dosimetria, alvo principal do protesto, propõe alterações na forma como as penas são calculadas para crimes graves, potencialmente reduzindo o tempo de cumprimento de sentenças para aqueles condenados por tentativa de golpe. Junto à oposição à anistia para participantes do 8 de janeiro, o projeto é visto por críticos como uma ameaça à accountability e à coesão social. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, responsáveis pela convocação, argumentam que tais medidas poderiam incentivar novas instabilidades, ecoando preocupações com o retrocesso democrático observado em diversos países.
Esse ato se insere em uma série de manifestações que marcam o calendário político brasileiro, especialmente após os eventos de 2023. Líderes presentes destacaram a importância de vigilância cidadã para proteger conquistas institucionais, como o julgamento dos responsáveis pelos atos antidemocráticos. A presença de faixas com lemas como "Democracia não se anistia" reforçou o tom de urgência, convidando a sociedade a se posicionar contra o que muitos veem como concessões perigosas à extrema-direita.

Além disso, o evento chamou atenção para o papel das redes sociais e da mídia na amplificação de vozes dissidentes, com lives e compartilhamentos aumentando a visibilidade do ato. Especialistas em ciência política observam que protestos como esse fortalecem o tecido democrático, promovendo diálogo e pressão sobre o Legislativo.
Conclusão: Um Chamado à Ação Democrática
O protesto contra o PL da Dosimetria na Avenida Paulista não foi apenas uma demonstração de números, mas um testemunho da vitalidade da participação popular no Brasil. Com 13,7 mil vozes unidas, o ato reafirma o compromisso com a justiça e a democracia, em meio a desafios legislativos que testam os limites da nação. Enquanto o debate sobre anistia e dosimetria continua no Congresso, eventos como esse servem como lembrete de que a sociedade civil permanece vigilante. Futuras mobilizações prometem manter a pressão, garantindo que a memória dos atos de 8 de janeiro não seja apagada por interesses políticos. Em um país marcado por divisões, a união na Paulista inspira esperança por um futuro mais equânime e estável.
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