Em um cenário marcado por desafios climáticos e interrupções no fornecimento de energia, a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) anuncia medidas preventivas para assegurar a realização da segunda fase do vestibular da Universidade de São Paulo (USP). Com um apagão afetando milhões de residentes na capital paulista e na região metropolitana, geradores elétricos serão posicionados em locais estratégicos. Essa precaução surge após a passagem de um ciclone extratropical que deixou um rastro de destruição, incluindo quedas de árvores e danos à rede elétrica. As provas, agendadas para os dias 14 e 15 de janeiro, representam um momento crucial para milhares de candidatos sonhando com uma vaga na renomada instituição.

Contexto do Apagão e Seus Impactos na Região

Desde o dia 10 de janeiro, um ciclone extratropical tem causado estragos significativos em São Paulo. Mais de 3 milhões de pessoas foram impactadas pela falta de energia elétrica, com bairros inteiros mergulhados na escuridão. A concessionária Enel, responsável pelo abastecimento, registrou a queda de mais de 1.300 árvores devido à ventania forte, além de danos extensos às fiações elétricas. Esses incidentes não só interromperam o dia a dia da população, mas também geraram caos no trânsito, com semáforos inoperantes, e afetaram o setor de transportes, resultando em atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos da região.

A previsão de normalização do fornecimento de energia é otimista: a Enel estima que a maioria das áreas afetadas terá luz restaurada até o final deste domingo, 14. No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) de São Paulo alertam para a possibilidade de chuvas intensas tanto no domingo quanto na segunda-feira, 15. Esses fatores climáticos adicionam uma camada extra de complexidade para os organizadores de eventos sensíveis, como vestibulares, que dependem de infraestrutura estável.

Medidas Preventivas Adotadas pela Fuvest

Em resposta ao cenário instável, a Fuvest realizou um levantamento detalhado dos locais de prova e confirmou, em nota oficial, que nenhum ponto de aplicação está sem energia no momento. Para mitigar riscos, a fundação posicionará geradores em regiões estratégicas, embora os locais exatos não tenham sido divulgados por razões de segurança. Essa iniciativa demonstra o compromisso da USP em manter a integridade do processo seletivo, mesmo diante de imprevistos externos.

A segunda fase do vestibular atraiu 30.787 candidatos aprovados na primeira etapa. As provas serão aplicadas em 36 escolas distribuídas por 22 cidades do interior, litoral e região metropolitana, além da capital. No domingo, 14, o foco será na prova de Português, que abrange interpretação de texto, gramática e literatura. Na segunda-feira, 15, os candidatos enfrentarão o exame de disciplinas específicas, variando conforme o curso pretendido. Os portões dos locais de prova abrirão ao meio-dia e fecharão pontualmente às 13 horas, com o início das avaliações imediatamente após.

Responsabilidades e Recomendações aos Candidatos

A Fuvest enfatiza que, apesar das compreensões por eventuais dificuldades — especialmente para candidatos vindos de outras cidades ou estados —, o planejamento e o deslocamento até o local de prova são de responsabilidade exclusiva dos vestibulandos. A recomendação é clara: saiam de casa com antecedência, considerando o risco de chuvas e possíveis atrasos no transporte público ou rodoviário. Utilizar aplicativos de mobilidade ou rotas alternativas pode ser uma estratégia útil para evitar imprevistos.

• Planeje o trajeto: Verifique condições climáticas e trânsito em tempo real via apps como Waze ou Google Maps.
• Documentos essenciais: Leve identidade, comprovante de inscrição e materiais permitidos, como caneta esferográfica preta.
• Hidrate-se e alimente-se: Com o tempo instável, priorize o bem-estar para manter o foco durante as provas.

Essa edição da Fuvest não só testa o conhecimento acadêmico dos candidatos, mas também sua resiliência em meio a adversidades. A instituição reafirma seu papel como pilar da educação superior no Brasil, adaptando-se a desafios que vão além do âmbito educacional.

Conclusão: Resiliência e Preparação em Tempos de Incerteza

A segunda fase da Fuvest prossegue como um marco de determinação coletiva, superando os obstáculos impostos pelo clima e pela infraestrutura. Com geradores em prontidão e orientações claras, a USP garante que o sonho de milhares de jovens não seja interrompido. Para os candidatos, este é o momento de aplicar não apenas o estudo acumulado, mas também a capacidade de adaptação. O restabelecimento gradual da energia e a vigilância meteorológica indicam que, apesar dos tropeços, o futuro educacional de São Paulo segue iluminado. Essa experiência reforça a importância de investimentos em resiliência urbana, especialmente em um contexto de mudanças climáticas crescentes, beneficiando setores como educação e economia local.