
Após Críticas ao Uso de IA, Chefe da Larian Studios Garante: Divinity Não Substituirá Artistas por Tecnologia
Em um momento em que a inteligência artificial (IA) generativa se torna uma ferramenta controversa na indústria criativa, Swen Vincke, CEO da Larian S...
Em um momento em que a inteligência artificial (IA) generativa se torna uma ferramenta controversa na indústria criativa, Swen Vincke, CEO da Larian Studios, veio a público para esclarecer o papel da tecnologia em seus projetos. Conhecida por sucessos como Baldur's Gate 3, a desenvolvedora belga enfrentou uma onda de críticas de fãs após uma entrevista em que Vincke mencionou o uso de IA no processo de criação de Divinity: Original Sin. Mas o executivo foi enfático: a IA serve apenas para explorar ideias, sem ameaçar os empregos dos artistas. Essa discussão reacende debates sobre ética, inovação e o futuro dos games, especialmente em um contexto onde políticas regulatórias sobre IA ganham força globalmente.

As Críticas Iniciais e a Entrevista Polêmica
A controvérsia começou com uma reportagem do jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, que detalhou o processo de desenvolvimento na Larian. Vincke explicou que a equipe está experimentando IA generativa para auxiliar em etapas iniciais de criação, como a geração de ideias e referências. No entanto, ele foi claro ao afirmar que "não haverá conteúdo gerado por IA em Divinity", enfatizando que a tecnologia é usada de forma controlada e consensual pela equipe.
A declaração gerou reações mistas internamente, com alguns funcionários expressando reservas sobre as iniciativas. Externamente, fãs e a comunidade de jogos explodiram em fóruns e redes sociais. Centenas de mensagens pediram que a Larian abandonasse a IA por completo, argumentando que ela desvaloriza o trabalho humano e ameaça a autenticidade criativa. Essa backlash reflete preocupações mais amplas na indústria, onde políticas públicas e debates éticos sobre IA – como regulamentações na União Europeia – questionam o impacto da tecnologia no emprego e na propriedade intelectual.
A Resposta de Vincke nas Redes Sociais
Diante da repercussão, Vincke usou o X (antigo Twitter) para rebater as acusações. "Caramba, pessoal, não estamos 'pressionando' nem substituindo artistas conceituais por IA", escreveu ele em 16 de dezembro de 2025. O CEO destacou que a Larian conta com uma equipe de 72 artistas, incluindo 23 especialistas em arte conceitual, e que está contratando mais profissionais. "Fui questionado explicitamente sobre arte conceitual e nosso uso de IA Gen. Respondi que a utilizamos para explorar coisas. Não disse que a utilizamos para desenvolver arte conceitual. Isso é feito pelos artistas. E eles são, de fato, artistas de nível internacional", completou.
Essa manifestação pública foi uma tentativa de acalmar os ânimos, reforçando o compromisso da empresa com o talento humano. Vincke expressou orgulho pelo trabalho original da equipe, posicionando a IA como uma ferramenta auxiliar, não substituta. Em um setor onde políticas de inovação tecnológica colidem com demandas por proteção ao emprego, essa postura da Larian destaca a necessidade de transparência para manter a confiança da comunidade.

Reações da Comunidade e o Debate Maior
As respostas continuaram polarizadas. Críticos como o artista RJ Palmer argumentaram que mesmo o uso de IA para referências é prejudicial: "Toda a história da indústria criativa aconteceu bem sem o uso de IA, não há necessidade para atirar no próprio pé usando-a agora". Dezenas de internautas ecoaram essa visão, temendo que a tecnologia acelere a automação de empregos criativos.
Por outro lado, defensores elogiaram a abordagem equilibrada da Larian. Eles apontam que ferramentas de IA, como softwares de edição ou prototipagem, são comuns em empresas de tecnologia e podem acelerar a inovação sem eliminar papéis humanos. Essa divisão reflete discussões políticas globais, como as propostas de regulação da IA na UE, que visam equilibrar progresso tecnológico com direitos trabalhistas.
- Prós do uso de IA: Exploração rápida de conceitos e eficiência em tarefas repetitivas.
- Contras: Riscos éticos, como plágio de dados de treinamento e perda de empregos.
- Posição da Larian: Integração ética, com foco em suporte aos artistas.

Conclusão: Equilíbrio entre Inovação e Humanidade
O caso da Larian Studios ilustra o delicado equilíbrio entre abraçar a IA como aliada e preservar o cerne humano da criação. Swen Vincke's esclarecimentos mostram que, apesar das críticas, a empresa prioriza seus artistas, usando a tecnologia para enriquecer, não substituir, o processo criativo. À medida que políticas regulatórias evoluem – com debates na ONU e em parlamentos nacionais sobre o impacto da IA no trabalho –, histórias como essa servem de exemplo para como estúdios podem navegar essa transição. No final, o sucesso de Divinity dependerá não só de inovação, mas de uma comunidade confiante no valor do talento humano por trás dos pixels.





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