
COP 30: Belém Recupera Suas Ruas Após o Encerramento da Conferência da ONU
Após três semanas de intensos bloqueios viários para acolher a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), as ruas de Belém, no...
Após três semanas de intensos bloqueios viários para acolher a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), as ruas de Belém, no Pará, começaram a ser liberadas neste sábado (22 de novembro). O evento, que reuniu líderes mundiais e especialistas em clima, transformou a capital paraense em um epicentro global de discussões ambientais, mas agora a cidade retorna à normalidade, com o trânsito fluindo novamente e os turistas explorando os pontos históricos. Essa transição marca o fim de um capítulo histórico para o Brasil, que sediou pela primeira vez a COP em território amazônico.

Liberação das Vias e o Fim dos Bloqueios
As avenidas Doutor Freitas e Duque de Caxias, que foram pontos centrais de restrição durante o evento, tiveram trechos liberados progressivamente. O cruzamento entre essas vias, anteriormente isolado por barreiras de segurança incluindo um tanque de guerra, agora exibe apenas grades e tendas remanescentes, com agentes de trânsito orientando os motoristas. Antes, o acesso era restrito a credenciados, com militares reforçando a vigilância na Blue Zone, o espaço principal da conferência.
Outros trechos, como o da Avenida Doutor Freitas entre a Avenida Rômulo Maiorana e a Visconde de Inhaúma, e o cruzamento da Duque de Caxias com a Alferes Costa, também voltaram ao uso normal. Essa liberação ocorre mesmo com algumas reuniões residuais entre lideranças, sinalizando o encerramento oficial das atividades principais. Comparando o "antes" e o "depois", o contraste é evidente: de um cenário de alta segurança para o cotidiano urbano de Belém.
Impacto no Trânsito, Turismo e Partida dos Participantes
A partida dos dois navios cruzeiros, utilizados como hospedagem para delegados, marcou o sábado como um dia de movimentação intensa. Esses navios deixaram o porto de Belém levando embora diversos participantes, enquanto o Aeroporto Val de Cans registrou picos de tráfego na tarde. Segundo o Ministério do Turismo, cerca de 9 mil estrangeiros visitaram a cidade, e a Blue Zone contou com 42 mil inscritos de 195 países, impulsionando a economia local.
Apesar dos bloqueios, o turismo não foi prejudicado. Muitos visitantes aproveitaram a oportunidade para conhecer atrações como o Ver-o-Peso e o Mangal das Garças, com relatos de lotação em pontos turísticos durante o evento. No entanto, o trânsito caótico e as restrições iniciais geraram desafios para residentes, que agora celebram a retomada da mobilidade. Agentes de trânsito foram posicionados em pontos estratégicos para facilitar a transição e evitar congestionamentos.
- Benefícios observados: Melhora na circulação de veículos e pedestres.
- Desafios remanescentes: Algumas vias ainda podem ter interdições parciais até a remoção total de estruturas.
- Dicas para motoristas: Planejar rotas alternativas via apps de trânsito para evitar surpresas.

Legado da COP 30 e Acordos Aprovados
A COP 30, realizada de 11 a 22 de novembro, aprovou acordos significativos, como a meta de triplicar o financiamento para ações climáticas e avanços no chamado "mapa do caminho" para neutralidade de carbono, embora sem definições finais. O evento destacou a importância da Amazônia na agenda global, com discussões sobre preservação florestal e financiamento verde. Incidentes como o incêndio na área da conferência, que deixou três pessoas internadas e está sob investigação da Polícia Federal, não ofuscaram os ganhos diplomáticos.
Belém, como sede, ganhou visibilidade internacional, promovendo sua cultura e biodiversidade. O impacto ambiental do evento foi mitigado por medidas de sustentabilidade, como transporte elétrico e redução de plásticos, alinhando-se aos objetivos da ONU.

Conclusão: Um Novo Capítulo para Belém e o Mundo
Com a liberação das ruas, Belém respira aliviada, retomando sua rotina vibrante enquanto carrega o legado da COP 30. O evento não só impulsionou debates cruciais sobre o clima, mas também colocou a cidade paraense no mapa global, atraindo investimentos e conscientização ambiental. À medida que os participantes se dispersam, a esperança é que os acordos firmados se traduzam em ações concretas, garantindo um futuro mais sustentável para o planeta. Para os moradores, a normalidade retorna, mas o orgulho de ter sediado um marco histórico permanece.





