
Lula promete 'surra' na extrema direita em 2026 e reafirma veto a redução de penas de bolsonaristas
Em um discurso carregado de tom eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou sua intenção de disputar a reeleição em 2026, prometendo u...
Em um discurso carregado de tom eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou sua intenção de disputar a reeleição em 2026, prometendo uma vitória esmagadora contra a extrema direita. Durante evento em São Paulo, Lula criticou opositores e reforçou sua posição contra projetos que beneficiem ex-aliados de Jair Bolsonaro, enquanto agenda viagens que destacam investimentos em infraestrutura. Essa postura reflete não apenas o embate político atual, mas também o compromisso com causas sociais que impulsionam sua trajetória.
Discurso inflamado na ExpoCatadores 2025
No início da tarde desta sexta-feira, 19 de julho de 2024, o presidente Lula participou do Natal de Catadores, durante a ExpoCatadores 2025, em São Paulo. O evento, que reúne trabalhadores do setor de reciclagem, serviu de palco para declarações que antecipam a campanha eleitoral de 2026. Aos 80 anos, Lula exalou vitalidade ao afirmar: "Estou terminando o governo em um momento muito bom. Sei que tem muita gente já pensando nas eleições de 2026. Deixa eles pensarem. E, quando quiserem, venham. Porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar este país".
Essa é a sétima vez que o petista se candidata à Presidência da República, um marco em sua carreira política que começou nos anos 1980. Lula atribuiu sua longevidade política a uma "causa maior", dizendo: "Se eles soubessem o tesão que tenho para governar esse país, eles não brincariam". O discurso ressoou entre os presentes, reforçando o apoio de bases tradicionais do PT, como movimentos sociais e trabalhadores informais. A ExpoCatadores, por sua vez, destaca políticas públicas de inclusão econômica, como o programa de microcrédito para catadores, que impactam diretamente a economia local ao promover sustentabilidade e geração de renda.

Veto ao PL da Dosimetria: uma posição firme contra o passado golpista
Em meio às provocações eleitorais, Lula reafirmou seu veto ao projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria, que propõe reduzir penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais de seu governo. "Com todo respeito aos deputados e senadores que votaram pela redução da pena, eu vou vetar essa lei. Eles, se quiserem, que derrubem", declarou o presidente, em uma declaração que ecoa sua defesa intransigente da democracia.
O PL, aprovado no Congresso Nacional, altera critérios de dosimetria penal para casos de crimes contra o Estado de Direito, o que poderia amenizar sanções a envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Caso o veto seja mantido, o texto retorna para análise em sessão conjunta do Legislativo, onde uma maioria absoluta poderia derrubá-lo. Essa medida tem implicações econômicas indiretas, pois a estabilidade institucional é crucial para atrair investimentos estrangeiros e manter a confiança no mercado. Analistas apontam que a polarização política pode afetar a economia, com riscos de instabilidade que impactam o PIB e o emprego. Lula, ao posicionar-se contra o projeto, reforça sua imagem como guardião das instituições, alinhando-se a pautas que transcendem o debate partidário.
Inauguração da ponte Brasil-Paraguai: investimentos em infraestrutura regional
Após o evento em São Paulo, Lula seguiu para Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, onde inaugurou a nova ponte internacional Brasil-Paraguai. A obra, orçada em cerca de R$ 500 milhões, visa facilitar o comércio bilateral e integrar a economia do Mercosul. Nesta primeira fase, o tráfego será liberado gradualmente para caminhões sem carga em ambos os sentidos, com expectativa de plena operação em 2025.
A ponte representa um avanço significativo para a economia fronteiriça, impulsionando exportações de commodities como soja e carne, além de gerar empregos na construção e logística. Projetos como esse integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que já destinou bilhões para infraestrutura, contribuindo para o crescimento do PIB em regiões subdesenvolvidas. Lula destacou a importância da cooperação internacional, afirmando que tais investimentos fortalecem a soberania econômica do Brasil e promovem o desenvolvimento sustentável na América do Sul.
- Benefícios econômicos: Aumento no fluxo comercial, estimado em 20% nos próximos anos.
- Impacto social: Criação de 2 mil empregos diretos durante a obra.
- Conexão regional: Melhoria na integração com o Paraguai, facilitando turismo e migração laboral.
Em conclusão, as declarações de Lula não apenas delineiam o cenário político para 2026, mas também underscore o entrelaçamento entre política, justiça e economia. Ao vetar medidas que poderiam reabilitar figuras controversas e investir em obras como a ponte, o presidente busca consolidar um legado de estabilidade e crescimento. Com as eleições se aproximando, o embate com a extrema direita promete moldar o futuro do Brasil, onde a economia emerge como campo de batalha central para atrair eleitores preocupados com emprego e prosperidade.





