
Tesouro Nacional aprova empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios com garantias da União
Em um momento crítico para a saúde financeira dos Correios, o Tesouro Nacional anunciou a aprovação de um empréstimo de R$ 12 bilhões para a estatal,...
Em um momento crítico para a saúde financeira dos Correios, o Tesouro Nacional anunciou a aprovação de um empréstimo de R$ 12 bilhões para a estatal, com garantias da União. Essa medida faz parte de um amplo plano de reestruturação apresentado ao governo federal, visando evitar o colapso financeiro da empresa, que há dois anos já recebia alertas sobre o risco de esgotamento de recursos. Documentos internos revelam que a direção dos Correios foi notificada sobre a crise iminente, impulsionando negociações urgentes para estabilizar as operações.

Detalhes da Operação Financeira
O empréstimo, no valor de R$ 12 bilhões, representa um socorro vital para os Correios, que enfrentam desafios acumulados como prejuízos operacionais e concorrência acirrada no setor de logística. Caso a estatal não consiga honrar as parcelas, o Tesouro Nacional assumirá a responsabilidade pelo pagamento, configurando uma garantia soberana que protege tanto a empresa quanto o sistema financeiro nacional.
A taxa de juros foi fixada em 115% do CDI, uma redução em relação ao teto de 120% do CDI estabelecido pelo Tesouro. Essa condição foi decisiva para a aprovação, após uma tentativa anterior ser rejeitada por ultrapassar o limite. De acordo com nota oficial do Tesouro, a operação atendeu rigorosamente aos critérios de análise de capacidade de pagamento para empresas estatais com planos de reequilíbrio aprovados pelas instâncias competentes.
Além disso, a inclusão da Caixa Econômica Federal no pool de bancos credores — que também conta com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander — contribuiu para a queda na taxa de juros. Essa participação de instituições públicas e privadas fortaleceu a proposta, resultando em uma economia estimada de R$ 5 bilhões em juros para os Correios em comparação com a versão negada anteriormente.
Processo de Negociação e Supervisão
A aprovação marca o início de uma fase de negociações contratuais detalhadas. As minutas serão elaboradas entre as partes envolvidas, sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do próprio Tesouro Nacional. Esse escrutínio garante transparência e conformidade com as normas fiscais, evitando riscos adicionais ao erário público.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou a operação durante um café da manhã com jornalistas nesta semana, destacando que o valor de R$ 12 bilhões seria avaliado até o final da semana. Ele enfatizou a necessidade de uma reestruturação profunda nos Correios, incluindo parcerias com empresas públicas e privadas para modernizar serviços e recuperar competitividade no mercado de entregas e logística.
- Bancos envolvidos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
- Economia gerada: R$ 5 bilhões em juros.
- Taxa de juros: 115% do CDI.

Contexto da Crise nos Correios e Implicações Econômicas
Os Correios, uma das estatais mais tradicionais do Brasil, vêm lidando com déficits crescentes devido à expansão do e-commerce e à concorrência de players privados como Amazon e Mercado Livre. Documentos obtidos pelo Jornal Nacional indicam que, há dois anos, a empresa já projetava um esgotamento de caixa, o que poderia paralisar serviços essenciais em todo o país. O empréstimo surge como uma ponte para reformas estruturais, incluindo corte de custos, digitalização de processos e expansão de parcerias.
No âmbito macroeconômico, a operação reforça o compromisso do governo com a sustentabilidade de estatais estratégicas, mas também levanta debates sobre o endividamento público. Analistas apontam que, embora as garantias da União mitiguem riscos imediatos, o sucesso dependerá da execução do plano de reequilíbrio, aprovado por instâncias como o Ministério da Fazenda.
Em conclusão, a aprovação do empréstimo de R$ 12 bilhões representa um alívio temporário para os Correios, mas o verdadeiro teste virá com a implementação das reformas. Com o apoio de bancos e supervisão governamental, a estatal tem uma oportunidade de se reinventar, garantindo sua relevância no cenário logístico brasileiro e contribuindo para a estabilidade econômica do país. O monitoramento contínuo será essencial para transformar esse socorro em um modelo de recuperação sustentável.


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