Um grave incêndio eclodiu na manhã desta terça-feira (25) no Ministério da Igualdade Racial, localizado no coração de Brasília, mobilizando equipes de bombeiros e causando pânico entre funcionários e visitantes. O incidente, que começou com uma explosão em uma subestação de energia, não só danificou o prédio, que também abriga equipes de outros ministérios, mas deixou um rastro de vítimas e preocupações sobre a segurança de infraestruturas públicas. Autoridades ainda investigam as causas exatas, mas as informações preliminares apontam para um problema elétrico que rapidamente se transformou em chamas intensas.

Esse evento destaca a vulnerabilidade de prédios governamentais em meio a desafios crescentes de manutenção e segurança, especialmente em um ministério dedicado à promoção da equidade social. A seguir, detalhamos os desdobramentos do ocorrido.

Causas e Desenvolvimento do Incêndio

O incêndio teve início por volta das 9h, quando uma explosão na subestação de energia subterrânea do edifício provocou faíscas e chamas que se espalharam rapidamente. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), o problema parece ter sido desencadeado por uma falha no sistema elétrico, possivelmente agravada por sobrecarga ou defeito em equipamentos antigos. O prédio, inaugurado recentemente como sede do Ministério da Igualdade Racial, compartilha espaço com secretarias de outros órgãos federais, o que ampliou o risco de propagação.

Equipes de bombeiros foram acionadas imediatamente, utilizando mangueiras e equipamentos de proteção para conter as chamas. O fogo foi controlado após cerca de duas horas, mas o fumo denso invadiu andares superiores, afetando a visibilidade e a respiração de quem estava no local. Especialistas em segurança contra incêndios consultados pelo G1 indicam que subestações de energia em prédios públicos demandam inspeções regulares, e falhas como essa podem ser evitadas com manutenção preventiva rigorosa.

Vítimas e Atendimento Médico

O balanço inicial de vítimas é preocupante: uma pessoa sofreu queimaduras graves no corpo e foi levada às pressas para o Hospital de Base de Brasília, onde recebe tratamento intensivo. Outras duas pessoas foram diagnosticadas com intoxicação por inalação de fumaça, apresentando sintomas como tosse, falta de ar e irritação nos olhos. Além disso, 27 indivíduos foram atendidos no local por inalar fumaça, com a maioria liberada após observação.

Os atendimentos foram coordenados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que montou um posto de triagem próximo ao edifício. Testemunhas relataram cenas de confusão, com evacuação apressada e gritos ecoando pelos corredores. O Ministério da Igualdade Racial confirmou que todos os funcionários foram orientados a trabalhar remotamente até que o prédio seja liberado para ocupação, priorizando a saúde de sua equipe dedicada a políticas de inclusão racial e social.

• Uma vítima com queimaduras graves: Transferida para unidade especializada.
• Duas com intoxicação leve: Em observação hospitalar.
• 27 atendimentos por fumaça: A maioria sem complicações graves.

Resposta das Autoridades e Investigações em Andamento

O CBMDF, em conjunto com a Polícia Federal, iniciou uma investigação para determinar as causas precisas da explosão. A Neoenergia, concessionária responsável pela subestação, foi contatada pelo G1 e prometeu uma declaração oficial em breve, mas fontes internas sugerem que o equipamento pode ter apresentado falhas não detectadas em inspeções anteriores. O governo federal, por meio do Ministério da Igualdade Racial, emitiu uma nota lamentando o ocorrido e assegurando que medidas de segurança serão reforçadas.

Especialistas em engenharia elétrica apontam que incidentes semelhantes em subestações ocorreram em outras capitais brasileiras nos últimos anos, frequentemente ligados a envelhecimento de infraestrutura. O Sindicato dos Servidores Públicos de Brasília já cobra uma auditoria completa nos sistemas elétricos de todos os ministérios, argumentando que a segurança não pode ser negligenciada em tempos de orçamento apertado.

Enquanto isso, o trânsito na Esplanada dos Ministérios foi afetado, com desvios implementados para facilitar o acesso das viaturas. Autoridades recomendam que a população evite a área até o fim das investigações.

Conclusão: Lições para a Segurança Pública

O incêndio no Ministério da Igualdade Racial serve como um alerta urgente para a necessidade de investimentos em infraestrutura segura nos órgãos públicos brasileiros. Com vítimas feridas e um prédio parcialmente danificado, o episódio reforça a importância de protocolos rigorosos de prevenção e resposta a emergências. À medida que as investigações prosseguem, espera-se que ações concretas sejam tomadas para evitar repetições, garantindo que espaços dedicados à promoção da igualdade não se tornem cenários de tragédia. Esta reportagem será atualizada com novas informações conforme disponíveis.