Metroid Prime 4: Beyond – Resgatando a Essência do Metroid em uma Aventura Clássica | Review
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Metroid Prime 4: Beyond – Resgatando a Essência do Metroid em uma Aventura Clássica | Review

Após anos de expectativa, Metroid Prime 4: Beyond finalmente chega para reacender a chama da franquia que deu origem ao gênero metroidvania. Inspirado...

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Após anos de expectativa, Metroid Prime 4: Beyond finalmente chega para reacender a chama da franquia que deu origem ao gênero metroidvania. Inspirado em clássicos como Hollow Knight: Silksong, este novo capítulo da saga de Samus Aran promete uma volta às raízes das aventuras de exploração em primeira pessoa. Desenvolvido pela Retro Studios, o jogo entrega uma experiência concisa e divertida, mas seu brilho depende diretamente do hardware e do modo de jogo utilizado no ecossistema Nintendo. Neste review, exploramos o que torna Beyond uma homenagem fiel ao legado de Metroid, sem ignorar suas limitações técnicas.

Samus Aran explorando o planeta alienígena em Metroid Prime 4: Beyond

O Legado de Metroid e o Retorno Triunfal de Samus

A franquia Metroid, criada pela Nintendo em 1986, revolucionou os jogos de ação e aventura ao introduzir mecânicas de exploração não linear e progressão por upgrades. O subgênero "metroidvania" – uma fusão de Metroid e Castlevania – deve muito a essa pioneira Samus Aran, a caçadora de recompensas ciborgue. Metroid Prime 4: Beyond continua essa tradição, ambientado em um universo sci-fi vasto e hostil, onde Samus enfrenta ameaças alienígenas em planetas remotos.

A narrativa é direta e imersiva, sem diálogos excessivos, focando na lore expandida através de scans e diários de bordo. Diferente de títulos como Starfield, que priorizam realismo, Beyond abraça uma estética cartunesca e estilizada, fiel aos jogos Prime anteriores. A exploração é o coração do game: você atualiza o traje de Samus com habilidades como o Missile Launcher e o Scan Visor, desbloqueando áreas ocultas e puzzles ambientais. É uma aventura clássica que recompensa a curiosidade, mas pode se tornar repetitiva em seções lineares de combate.

Jogabilidade em Primeira Pessoa: Exploração e Ação Dinâmica

Em primeira pessoa, Metroid Prime 4: Beyond oferece uma perspectiva intimista que intensifica a sensação de isolamento cósmico. Os controles são precisos, com o giroscópio do Joy-Con adicionando camadas de imersão durante a mira e a navegação. As batalhas contra chefes, como as criaturas mutantes inspiradas nos Space Pirates, exigem estratégia: alternar entre armas como o Power Beam e o Charge Shot para explorar fraquezas.

Um destaque é a seção veicular com a Vi-O-La, uma moto espacial que permite corridas em alta velocidade por túneis e superfícies planetárias. Essas sequências misturam tiro e platforming, reminiscentes de Halo, mas com o toque único de Metroid. No entanto, a progressão pode parecer curta – cerca de 10-12 horas para a campanha principal –, o que agrada fãs de jogos concisos, mas frustra quem busca mais profundidade. Listando os pontos fortes da jogabilidade:

  • Exploração rica em segredos e backtracking inteligente.
  • Combate fluido e variado, com upgrades impactantes.
  • Integração perfeita de puzzles e narrativa ambiental.

Apesar disso, algumas áreas repetitivas de coleta de itens podem testar a paciência, especialmente em modo portátil.

Cena de combate em Metroid Prime 4: Beyond

Desempenho Técnico: O Impacto do Hardware Nintendo

Disponível para Nintendo Switch e Switch 2, Metroid Prime 4: Beyond varia drasticamente de qualidade conforme o modo de jogo. No modo portátil do Switch 2, testado por cerca de 90 minutos, o game roda a 30 FPS estáveis, mas os gráficos evocam títulos de Xbox 360 – texturas borradas e iluminação simplificada. Apelidado ironicamente de "Halo da Shopee" em fóruns, ele perde o encanto visual nessa configuração.

Já no modo docked, conectado a uma TV 4K, o jogo brilha: resoluções até 1080p no Switch 2, com opções de modo qualidade (priorizando visuais) ou desempenho (60 FPS). Recomendo o modo desempenho para as intensas batalhas de tiro e pilotagem da Vi-O-La, que demandam fluidez. No Switch original, sem acesso a um código de review, presume-se performance similar ao portátil do sucessor, com downgrades visíveis. A estética "cartunesca" mitiga problemas, mas reforça que Beyond é otimizado para telas grandes.

Interface de opções de desempenho no Switch 2

Em resumo, Metroid Prime 4: Beyond resgata o espírito exploratório de Metroid com maestria, entregando uma aventura clássica e acessível. Seus pontos fracos, como repetição e dependência de hardware, não ofuscam o prazer de vestir o traje de Samus novamente. Nota: 8.5/10. Ideal para fãs da franquia jogando docked no Switch 2 – uma viagem nostálgica ao cosmos que vale o investimento.

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