
Milei Apoia Pressão de Trump Contra Maduro na Cúpula Sul-Americana
Em um momento de tensões crescentes na América Latina, o presidente argentino Javier Milei manifestou seu apoio às ações dos Estados Unidos contra o r...
Em um momento de tensões crescentes na América Latina, o presidente argentino Javier Milei manifestou seu apoio às ações dos Estados Unidos contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela. Durante seu discurso na 67ª Cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, Milei destacou a necessidade de "libertar o povo venezuelano" de uma crise que ele descreveu como devastadora. Essa declaração reflete não apenas a visão ideológica de Milei, mas também o alinhamento crescente entre Argentina e Washington em meio a um cenário geopolítico volátil.

A Crise Venezuelana e a Pressão Internacional
A Venezuela enfrenta há anos uma crise política, humanitária e social sem precedentes, agravada pelo regime de Nicolás Maduro. Milei, em seu pronunciamento, enfatizou que o país "padece de uma ditadura atroz e desumana", liderada por um líder que ele acusou de narcoterrorismo. Essa retórica ecoa as denúncias oficiais do governo de Donald Trump, que impôs sanções severas e acusa Maduro de comandar o "Cartel de los Soles", uma suposta rede de narcotráfico integrada ao alto escalão do governo venezuelano.
A pressão americana inclui medidas militares significativas. Washington mobilizou forças no Caribe e no Pacífico, bombardeando embarcações ligadas a narcotraficantes, o que resultou na destruição de mais de 25 barcos e na morte de cerca de 100 pessoas. Trump tem ameaçado uma intervenção terrestre e um embargo total ao petróleo venezuelano, recursos que representam a espinha dorsal da economia de Caracas. Essas ações são vistas por críticos como um pretexto para derrubar Maduro e controlar as reservas de petróleo do país, uma das maiores do mundo.
Declarações de Milei e o Alinhamento Argentino
Milei não poupou palavras em seu discurso: "A ditadura do narcoterrorista Nicolás Maduro lança uma sombra escura sobre nossa região. Esse perigo e essa vergonha não podem continuar existindo no nosso continente, ou vão terminar arrastando todos consigo". Ele reiterou o chamado para que a vontade popular venezuelana seja respeitada, alinhando-se à oposição liderada por figuras como María Corina Machado.
A opositora venezuelana, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2025 por sua defesa da democracia, foi elogiada por Milei como um símbolo de coragem. O prêmio foi recebido por sua filha, Ana Corina Sosa Machado, que leu um discurso da mãe comparando o chavismo a um "terrorismo de Estado". Essa homenagem internacional reforça o isolamento diplomático de Maduro e o apoio de líderes como Milei à causa oposicionista.
Além disso, Milei gerou polêmica ao compartilhar nas redes sociais uma ilustração satírica comparando países da região – Brasil, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa – a uma "granja de animais", em referência à distopia orwelliana, criticando regimes autoritários e elogiando governos liberais.

Respostas de Caracas e Implicações Regionais
O governo venezuelano reagiu com veemência, denunciando as ações americanas como uma agressão imperialista destinada a saquear os recursos naturais do país. Maduro tem mobilizado aliados na região e no mundo para condenar Trump, argumentando que as acusações de narcotráfico são fabricadas para justificar uma invasão.
- Ações militares dos EUA: Bombardeios no Caribe e ameaças de intervenção terrestre.
- Sanções econômicas: Embargo ao petróleo e congelamento de ativos.
- Resposta regional: Apoio de Milei contrasta com posições mais neutras de outros líderes sul-americanos.
Essa escalada preocupa a estabilidade do continente, com potencial para migrações em massa e instabilidade econômica. Países vizinhos, como a Colômbia e o Brasil, monitoram de perto os desdobramentos, temendo spillover de violência e refugiados.

Conclusão: Um Futuro Incerto para a América do Sul
O apoio de Javier Milei às ações de Trump sinaliza uma nova era de alinhamentos ideológicos na região, onde o liberalismo econômico argentino se une ao intervencionismo americano contra o socialismo bolivariano. No entanto, o risco de um conflito armado paira sobre a América do Sul, ameaçando a paz e a cooperação regional. A comunidade internacional, incluindo a ONU, urge por soluções diplomáticas, mas o tom beligerante de ambos os lados sugere que a crise venezuelana continuará a dominar as agendas globais nos próximos meses. A verdadeira vitória, como defendeu Milei, seria o respeito à democracia e à vontade do povo venezuelano.




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