Trump Rejeita Demandas de Maduro e Pressiona por Renúncia Após Ultimato, Segundo Reuters
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Trump Rejeita Demandas de Maduro e Pressiona por Renúncia Após Ultimato, Segundo Reuters

Em um momento de escalada na crise venezuelana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou categoricamente uma série de propostas apresen...

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Em um momento de escalada na crise venezuelana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou categoricamente uma série de propostas apresentadas pelo líder Nicolás Maduro durante uma ligação telefônica realizada em 21 de novembro. De acordo com fontes próximas às negociações, ouvidas pela agência de notícias Reuters, o governo americano considera que Maduro está sem saídas viáveis além de renunciar e deixar o país. Essa revelação intensifica a pressão sobre o regime chavista, em meio a sanções econômicas e acusações de crimes graves.

A conversa ocorreu após meses de tensão crescente entre Washington e Caracas. Os EUA intensificaram suas ações contra o que descrevem como um regime autoritário envolvido em narcotráfico e violações de direitos humanos. Maduro, por sua vez, acusa os norte-americanos de buscarem controlar os recursos naturais da Venezuela, especialmente suas vastas reservas de petróleo.

Donald Trump em pronunciamento sobre política externa

Contexto da Crise e a Ligação Telefônica

A Venezuela vive uma profunda crise humanitária e econômica desde que Maduro assumiu o poder em 2013, sucedendo Hugo Chávez. Hiperinflação, escassez de alimentos e medicamentos, além de uma onda de emigração em massa, marcam o período. Os Estados Unidos, sob Trump, adotaram uma postura agressiva: em 2019, reconheceram Juan Guaidó como presidente interino e impuseram sanções que paralisaram grande parte da economia venezuelana.

No dia 21 de novembro, a ligação entre Trump e Maduro foi um raro canal de diálogo direto. Antes disso, os EUA haviam atacado barcos no Caribe suspeitos de tráfico de drogas ligado ao regime, ameaçado intervenções terrestres e designado o "Cartel dos Sóis" – suposto grupo criminoso envolvendo altos oficiais, incluindo Maduro – como organização terrorista. Essas medidas visam isolar o ditador internacionalmente e forçar mudanças no poder.

Maduro e seus aliados negam veementemente as acusações, alegando que se trata de uma campanha imperialista para saquear o petróleo venezuelano. O regime afirma que as sanções são a causa principal da miséria no país, ignorando, segundo críticos, a corrupção endêmica e a má gestão econômica.

Os Pedidos de Maduro e a Resposta Firme de Trump

Durante a conversa, Maduro apresentou propostas ambiciosas em busca de uma saída negociada. Segundo três fontes próximas, ele expressou disposição para deixar a Venezuela, mas condicionou isso a garantias amplas: anistia total para si e sua família, incluindo o fim de todas as sanções americanas e a interrupção de um processo no Tribunal Penal Internacional (TPI), onde é acusado de crimes contra a humanidade por repressão a protestos.

Além disso, o líder chavista solicitou a suspensão de sanções contra mais de cem funcionários de seu regime, muitos deles indiciados pelos EUA por abusos de direitos humanos, narcotráfico e corrupção. Duas fontes revelaram que Maduro sugeriu a vice-presidente Delcy Rodríguez como chefe de um governo interino, pavimentando o caminho para novas eleições – uma ideia que ecoa tentativas anteriores de transição controlada pelo chavismo.

Trump, no entanto, rejeitou todas as demandas. As fontes indicam que o presidente americano vê essas propostas como manobras para perpetuar o poder do regime sem reformas reais. Em vez disso, Washington pressiona por uma renúncia incondicional de Maduro, com transição para um governo democrático liderado por opositores. Essa posição reflete a estratégia de "máxima pressão" adotada pelos EUA, que inclui congelamento de ativos e proibições de viagens para aliados de Maduro.

Nicolás Maduro em discurso público na Venezuela

Implicações para a Venezuela e o Cenário Internacional

A rejeição de Trump agrava o isolamento de Maduro. Internamente, o regime enfrenta protestos esporádicos e deserções em suas fileiras militares, enquanto a oposição, fragmentada, busca unidade. Externamente, aliados como Rússia e China oferecem suporte limitado, mas não contrabalançam o peso das sanções ocidentais.

Para os EUA, a pressão sobre Maduro faz parte de uma agenda mais ampla contra o narcoterrorismo na América Latina. Trump tem usado a retórica de "ditador" para mobilizar apoio doméstico, especialmente entre a diáspora venezuelana nos EUA. No entanto, críticos alertam que intervenções excessivas poderiam desestabilizar a região, beneficiando cartéis rivais.

Outros atores internacionais, como a União Europeia e o Brasil, monitoram de perto. O governo brasileiro, sob Bolsonaro na época, alinhava-se à linha dura contra Maduro, reconhecendo Guaidó e impondo sanções semelhantes.

Reunião diplomática sobre a crise venezuelana

Conclusão: Um Futuro Incerto para a Venezuela

A recusa de Trump deixa Maduro em uma posição precária, com opções limitadas além de resistir ou ceder. A crise venezuelana, que já causou sofrimento a milhões, pode se prolongar se não houver avanços diplomáticos. Enquanto isso, a comunidade internacional clama por eleições livres e o fim da repressão. O desfecho dessa disputa não só definirá o destino da Venezuela, mas também testará a influência dos EUA na América Latina em um mundo multipolar. Com fontes como a Reuters destacando o impasse, o mundo observa atentamente os próximos passos de ambos os líderes.

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