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Ventania Histórica Provoca Caos nos Céus Brasileiros: Cancelamentos e Atrasos Atravessam o País
Uma ventania implacável varreu São Paulo e Santa Catarina na quarta-feira (10), deixando um rastro de transtornos no sistema aéreo nacional. O que com...
Uma ventania implacável varreu São Paulo e Santa Catarina na quarta-feira (10), deixando um rastro de transtornos no sistema aéreo nacional. O que começou como um vendaval localizado evoluiu para um efeito cascata, afetando aeroportos em diversos estados e frustrando milhares de passageiros. Com rajadas de vento atingindo até 98 km/h, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o episódio climático não só interrompeu rotas aéreas, mas também destacou a vulnerabilidade da aviação brasileira a eventos extremos. Nesta quinta-feira (11), os impactos persistem, com centenas de voos cancelados e atrasos que se estendem pelo país.
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Caos nos Principais Aeroportos de São Paulo
Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, os mais movimentados do Brasil, foram os epicentros do transtorno. Entre a tarde de quarta-feira e a manhã de quinta, foram registrados 344 cancelamentos, com 100 ocorrendo apenas no dia 11. O vendaval histórico, classificado como um dos mais intensos da década na região, forçou a suspensão de operações por razões de segurança, conforme protocolos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No Aeroporto de Congonhas, a movimentação foi intensa desde o amanhecer. De acordo com a concessionária Aena, pelo menos 11 voos matinais e vespertinos foram cancelados, afetando principalmente rotas domésticas para o Sul e Sudeste. Passageiros relataram longas filas para reacomodações e uma atmosfera de tensão, agravada pela falta de informações claras em alguns momentos. "Era para ser uma viagem de negócios rápida, mas agora estou preso aqui sem saber quando vou partir", desabafou um executivo ao G1.
Guarulhos, por sua vez, viu o impacto em voos internacionais e domésticos. As rajadas de vento crosswind, que dificultam decolagens e pousos, foram o principal vilão, levando a uma paralisação temporária das pistas. Especialistas em aviação apontam que ventos acima de 50 km/h já complicam as operações, e os 98 km/h registrados superaram qualquer expectativa, forçando companhias como LATAM e Gol a redirecionar aeronaves para aeroportos alternativos.
Efeitos Cascata em Outros Estados
O vendaval em São Paulo não se limitou à capital: ele desencadeou uma reação em cadeia por todo o território nacional. No Rio de Janeiro, os aeroportos Santos Dumont e Galeão registraram dezenas de atrasos e cancelamentos. Voos originados de Congonhas ou Guarulhos foram os mais afetados, com passageiros retidos em solo por horas. A Infraero relatou que, até o meio-dia de quinta, pelo menos 20 voos no Galeão estavam com mais de duas horas de delay.
Em Goiânia, no Aeroporto Santa Genoveva, o saldo foi de 16 cancelamentos, divididos igualmente entre partidas e chegadas. Esses voos tinham conexão com São Paulo, ilustrando como um problema localizado pode paralisar o tráfego aéreo em escala nacional. Outros terminais, como os de Belo Horizonte e Curitiba, também sofreram com atrasos em cascata, totalizando mais de 500 operações impactadas no país até o momento.
- Rio de Janeiro: 20+ atrasos no Galeão e Santos Dumont.
- Goiânia: 16 cancelamentos diretos.
- Outros impactos: Belo Horizonte e Porto Alegre com delays médios de 1 hora.

Causas Meteorológicas e Lições para o Futuro
A Defesa Civil atribui os ventos fortes ao ciclone extratropical que se formou no Sul do Brasil, avançando para o Sudeste e gerando instabilidades atmosféricas. Esse fenômeno, comum na primavera e outono, foi intensificado pelas mudanças climáticas, segundo climatologistas do Inmet. Rajadas de 98 km/h em São Paulo e até 120 km/h em Santa Catarina superaram recordes recentes, destacando a necessidade de investimentos em infraestrutura aeroportuária mais resiliente.
Companhias aéreas e autoridades aeroportuárias recomendaram aos passageiros que consultem apps de rastreamento em tempo real e evitem deslocamentos desnecessários. A Anac monitora a situação e promete relatórios sobre compensações a passageiros afetados. Além disso, o episódio reforça a importância de previsões meteorológicas avançadas, com o uso de radares e satélites para mitigar riscos futuros.

Conclusão: Recuperando a Normalidade nos Ares
Enquanto os ventos começam a amainar nesta quinta-feira, a recuperação total das operações aéreas pode levar dias, com reacomodações e ajustes de horários desafiando o setor. Esse vendaval serve como lembrete da interconexão do sistema aéreo brasileiro e da fragilidade ante forças da natureza. Passageiros e profissionais da aviação aguardam uma volta à normalidade, mas o episódio impulsiona debates sobre sustentabilidade e adaptação climática. Para atualizações em tempo real, baixe o app do G1 e fique por dentro de todas as notícias.





